14/04/2007

Sexta-feira 13, quase dia de azar...

Olá a todos!

Sexta-feira treze e sem aulas, porque não ir visitar uma dos pontos turísticos mais emblemáticos do Rio de Janeiro?

Consultámos o guia turístico que o meu pai me enviou por mail (muito obrigado!) e partimos de van rumo à Praia de Botafogo, o local para onde está virado o Cristo Redentor. Daí seguimos a pé pela avenida Pasteur até à Praia Vermelha e encontrámos o nosso destino: a partida do bondinho (teleférico) para o Morrro da Urca e daí para o Pão de Açúcar. O preço, decididamente de "gringo" (estrangeiro), quase que nos deixou nas lonas e a fazer contas de cabeça para o almoço, que, bem mais tarde, iria ser um belo pastel chinês acompanhado por um refresco de maracujá (1,20 €). Escusado será dizer que a vista foi fabulosa: praias (Copacabana, Vermelha e Botafogo), arranha-céus e morros verdinhos, humanizados com favelas. Tudo numa desordem total, estranhamente harmoniosa e atraente. Do outro lado, via-se Niterói e a Praia de Icaraí, que fica a uns 100 metros da zona onde actualmente moramos. Foi com a visão em êxtase que fomos, depois, descansar para a praia de Ipanema.

Os brasileiros a conduzir são, como diria o nosso querido amigo de banda desenhada, Obélix, "Doidos! Estes brasileiros são doidos!". Na volta, tivemos a experiência mais assustadora desde que cá chegámos. Andar de van, no meio do infernal trânsito carioca (bendito seja, senão seria bem pior), aos S's a ultrapassar pela direita, esquerda e faixa contrária, aos aceleras e desaceleras… Estávamos a chegar a um cruzamento nessa condução louca, enquanto se aproximava ameaçadoramente, do lado esquerdo, um ónibus. Não sei se o carrasco do condutor da van não o viu, ou o viu e achou que era o Ayrton Senna. A verdade é que foram poucos os centímetros que nos impediram de ser abalroados pelo ónibus. Enquanto assistia a esta cena, o instinto de sobrevivência falou mais alto e já estava de pé inclinado para o lado oposto da van. Senti o coração na garganta e decorei bem a cara do condutor: com este nunca mais!

Bjs e abraços!


Carlos



11/04/2007

*#$#*$# que sobe como o "*#$#"*

Olá a todos!

No já conhecido e pouco assustador meio de transporte de nove lugares, a van, partimos em direcção às praias oceânicas. O objectivo era subir o costão de Itacoatiara, que, segundo ouvimos dizer, é o ponto com a “vista mais deslumbrante” de Niterói.

O início do trilho fez-me lembrar o célebre filme “Jurassic Park”, tal era a densidade de plantas e árvores com raízes protuberantes a brotarem do chão. Quando já nos estávamos a habituar àquele habitat amazónico, avistamos aquela que seria a parte mais difícil da caminhada, ou deverei dizer escalada?... Pedra íngreme em direcção ao céu! À semelhança dos nossos antepassados, voltamos a usar os quatro membros e assim fomos até atingir o cume da montanha. A céu aberto, o calor apertava e a garrafa de 500 mL que levámos para os quatro (eu, o João, o Nuno e a Sofia) ia-se esgotando rapidamente.

Tudo vale a pena se a alma não é pequena, diz o poeta (e com razão), mas também todo o esforço valeria para ter aquela vista incrível: mar e praia unidos num abraço com a vegetação circundante, dezenas de casas com piscinas luxuosas e o Rio, ao fundo, com o Corcovado a piscar o olho ao Pão de Açúcar. Tudo entre vales e montanhas. Espectáculo digo eu!

Lado a lado com urubus (que aí nidificavam) e com outro pássaro com um ar ancestral (que não se afligiu com a nossa proximidade) tirámos fotografias de todos os ângulos e paisagens possíveis.

A descer todos os santos ajudam, pior é se ajuda é grande de mais e aí o pobre desconfia, muito mais se a descida for vertiginosa. Como já vem sendo habitual, o meu calçado nestas e noutras situações não tem sido o adequado (culpa minha). Mesmo à caranguejo, sandálias de sola lisa escorregam bastante! A certa altura tive mesmo que esperar que o João descesse e me atirasse as sapatilhas dele (super aderentes) para não chegar lá abaixo como carne de churrasco.

De tão ressequidos e cansados que estávamos, nunca nos soube melhor uma água de coco à beira-mar! E com música a acompanhar…

Bjs e abraços!


















Carlos

10/04/2007

Um fim de semana a conhecer o Rio...

Aproveitando o fim de semana prolongado da Páscoa, tentamos conhecer mais um bocadinho da imensa cidade que é o Rio de Janeiro.



Começamos o passeio na 6a feira com uma ida logo pela manhazinha à praia de Ipanema. É uma praia urbana, com um grande areal e repleta daquela agitação carioca (pelo menos é o que dizem os entendidos) com os tradicionais vendedores de tudo e mais um pouco, jogos de futebol, volei, softball (raquetes) e alguns surfistas... Segundo a Mariana e o Ricardo (aqueles nossos amigos que têm passeado conosco e nos têm mostrado quase tudo que já conhecemos) a praia estava relativamente vazia! Para nós a proximidade do vizinho do lado era tão grande quanto a de um óptimo dia de verão de uma praia Portruguesa concorrida. O mar era óptimo, suficientemente calmo para se entrar á vontade mas suficientemente agitado para se saltar umas ondinhas... A registar o facto de termos sido enroladas numa onda enorme e termos ficado cheias de areia! Mas o balanço foi um óptimo banho de mar.





A visita ao Rio desse dia acabou com a ida ao Arpoador, uma formação rochosa que separa a praia de Copacabana da de Ipanema. É, segundo dizem, o local onde se vê o mais bonito pôr do sol do Rio de Janeiro. A pedra do arpoador fica mesmo ao lado do posto 7, uma praia apreciada pelos homossexuais cariocas e portanto bastante frequentada por eles. É um sitio que vale realmente a pena visitar.






No sábado, fomos à praia de Grumari, uma prainha linda bem mais selvagem que as da Zona Sul. Fica depois da Barra da Tijuca e do Recreio o que significa que mesmo depois de entrar no Rio ainda demoramos mais de uma hora a chegar lá (aqui tudo é inacreditavelmente longe). O tempo não ajudou muito porque estava estranhamente nublado e corria um ventozinho, uma coisa rara aqui... Comemos um peixinho grelhado ao almoço e, depois de mais um dia bem passado, voltamos para Niteroi. Ah, já me esquecia... No caminho de regresso passamos por baixo da maior favela da América Latina, nem mais nem menos: a Rocinha! De facto, merece o titulo: é enorme...





O domingo de Páscoa foi passado na Casa dos Poveiros também no Rio de Janeiro. Por motivos evidentes, vou deixar a descrição do dia para a minha amiga POBEIRINHA.
Beijinhos a todos

Visita ao MAC

Foi preciso quase um mês e meio para que no passado dia 4 de Abril visitássemos uma das mais emblemáticas obras da cidade de Niterói - o Museu de Arte Contemporânea.
O MAC é uma obra do famoso arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer que sobre a ideia do projecto diz "Lembro quando fui ver o local. O mar, as montanhas do Rio, uma paisagem magnífica que eu devia preservar." Do museu tem-se, de facto, uma vista previligiada sobre a cidade. É um sítio onde a agitação da cidade, a praia, o mar e as montanhas se fundem e proporcionam um ambiente realmente agradável.
Vimos uma exposição chamada Deusos Gregos em Templos Contemporâneos. Um contraste interessante...
Resumindo, é bonito e recomenda-se!

08/04/2007

FELIZ PÁSCOA


Desejo-vos uma óptima páscoa cheia de amêndoas, ovinhos de chocolate e muita alegria.

Fica aqui um grande beijinho com saborzinho a saudade


P.S.: Não consigo deixar de sentir alguma inveja por estarem todos juntos...
Fiquem bem!

03/04/2007

Camboinhas, Rio e Maracaña

Olá a todos!

Depois de uma semana atarefada seguiu-se um fim de semana imparável:

Sábado:
Manhã sadia na praia de Camboinhas, que faz lembrar um daqueles resorts paradisíacos que se vêem nas capas das revistas das agências de viagens. Bares com cobertura de colmo, vegetação tropical, urubus no ar, mar calmo e mais quente...
Após um almoço de frutas e gelado, fomos visitar os locais mais populares em novelas do Rio de Janeiro . Lagoa de Rodrigues de Freitas (onde as meninas andaram de pedalinho, ou seja, cisnes com pedais) e praias de Leblon (minha rica tetra e trisavó Leopoldina!), Ipanema e Copacabana.
A visita foi guiada e "patrocinada" pelo divertido e simpatiquíssimo casal de namorados que conhecemos no CPN. O Ricardo, um inveterado flamenguista e geógrafo, e a Mariana, nutricionista, deram-nos a "carona". Tanto de dia como de noite (no forte de Copacabana, onde se tinha montado em poucos dias um pavilhão de luxo para uma festa digna dos actores brasileiros mais famosos) a vista e o movimento no litoral da cidade são impressionantes. Joga-se vólei, futebol, futevólei e raquetes, vendem-se delícias alimentares e negoceiam-se roupas e artigos femininos (brincos, colares, pulseiras) aos quais se grudam os olhares das meninas. Como a Mariana tinha uma amiga recém-formada e havia uma festa de formatura, ainda chegámos a dar lá um salto: tudo de vestido de gala num anfiteatro decorado com panos brancos e roxos, a fazer lembrar os filmes americanos. À noite voltámos a passear na lagoa e lanche-ajantaramos uns "hot dogs" e tapioca.

Domingo:
Eram 10 da manhã quando partimos rumo a "um Brasil diferente" para uma churrascada, oferecida pelo Sr. Maia (um amigo do tio da Catarina, que é o Sr. Bandeira). "Outrora foi a favela mais perigosa do Rio de Janeiro, só barra pesada" - disse o Marco (primo da Catarina), "mas agora é bem mais calmo". Pois é, a casa do Sr. Maia era mesmo à entrada de uma favela enorme. Um "Brasil diferente" sim senhor! Escusado será dizer que fomos saborosamente alimentados como gansos para paté foie. Um dos moradores da casa era um papagaio da Amazónia , falante mas pouco falador, com 35 anos (tinha direito a festas de anos e tudo!). Pelas 4 da tarde, fomos para a estação de metro e daí para o Maracaña, onde estavam o Ricardo, a Mariana e a irmã à nossa espera. Era dia de jogo entre o Vasco da Gama e o Botafogo, com a possibilidade do artilheiro Romário, já com 41 primaveras nas pernas, marcar o seu milésimoo golo. As imediações do estádio estavam apinhadas de gente e foi com várias filas tipo "sardinha em lata" que conseguimos entrar. Compramos as camisolas do clube do herói português (por falar em heróis portugueses, já me chegou aos ouvidos que o maior de sempre foi Salazar...no comments) e maravilhamo-nos com a grandeza do estádio e das torcidas. As cantigas a exaltar as equipas eram do mais variado e grosseiro possível, como convém a uma boa torcida: "P*** que p****, só falta UM p'ró Romário fazer mil"; "Vem ch**** meu ***, melhor que o Eto'o só o Leandro Amaral". O jogo acabou por atrasar cerca de 30 min, porque os jornalistas entraram dentro de campo, rodearam o Romário e não o queriam largar. Para nossa tristeza o Baixinho não conseguiu marcar nenhum golo e o Vasco acabou por perder 2-0. Agora, sentimo-nos na obrigação de ir aos próximos jogos para ver o número 1000. Valeu pelo excelente espectáculo cultural e pela foto que tiramos no fim com o actor da Globo Marcos Palmeira.

Bjs e abraços!