Sexta-feira treze e sem aulas, porque não ir visitar uma dos pontos turísticos mais emblemáticos do Rio de Janeiro?
Consultámos o guia turístico que o meu pai me enviou por mail (muito obrigado!) e partimos de van rumo à Praia de Botafogo, o local para onde está virado o Cristo Redentor. Daí seguimos a pé pela avenida Pasteur até à Praia Vermelha e encontrámos o nosso destino: a partida do bondinho (teleférico) para o Morrro da Urca e daí para o Pão de Açúcar. O preço, decididamente de "gringo" (estrangeiro), quase que nos deixou nas lonas e a fazer contas de cabeça para o almoço, que, bem mais tarde, iria ser um belo pastel chinês acompanhado por um refresco de maracujá (1,20 €). Escusado será dizer que a vista foi fabulosa: praias (Copacabana, Vermelha e Botafogo), arranha-céus e morros verdinhos, humanizados com favelas. Tudo numa desordem total, estranhamente harmoniosa e atraente. Do outro lado, via-se Niterói e a Praia de Icaraí, que fica a uns 100 metros da zona onde actualmente moramos. Foi com a visão em êxtase que fomos, depois, descansar para a praia de Ipanema.
Os brasileiros a conduzir são, como diria o nosso querido amigo de banda desenhada, Obélix, "Doidos! Estes brasileiros são doidos!". Na volta, tivemos a experiência mais assustadora desde que cá chegámos. Andar de van, no meio do infernal trânsito carioca (bendito seja, senão seria bem pior), aos S's a ultrapassar pela direita, esquerda e faixa contrária, aos aceleras e desaceleras… Estávamos a chegar a um cruzamento nessa condução louca, enquanto se aproximava ameaçadoramente, do lado esquerdo, um ónibus. Não sei se o carrasco do condutor da van não o viu, ou o viu e achou que era o Ayrton Senna. A verdade é que foram poucos os centímetros que nos impediram de ser abalroados pelo ónibus. Enquanto assistia a esta cena, o instinto de sobrevivência falou mais alto e já estava de pé inclinado para o lado oposto da van. Senti o coração na garganta e decorei bem a cara do condutor: com este nunca mais!
Bjs e abraços!
Carlos